Junho Violeta: mês de conscientização e prevenção sobre o ceratocone

A Doença pode ser causada pelo ato de coçar os olhos
Quando um cisco cai nos olhos ou surge uma sensação de coceira, a reação
mais comum é a de esfregar a região atingida para diminuir o incômodo.


Esse hábito, que parece inofensivo, pode não somente tornar os olhos uma porta
de entrada para contágios como a covid-19, como ser também um dos fatores
causais do ceratocone, doença que é o tema da campanha Junho Violeta,
promovida por profissionais da saúde.


A estimativa é que esta doença degenerativa atinja um a cada dois mil
indivíduos, sendo que no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Oftalmologia, cerca de 150 mil pessoas convivem com o problema.
Segundo a médica oftalmologista, Susan Yano, o ceratocone é uma enfermidade
não inflamatória que afeta a córnea, a camada fina e transparente situada na
região anterior do globo ocular.


“Trata-se de uma doença que deforma essa estrutura, fazendo com que ela
afine, aumente sua curvatura e fique com o formato de um cone. Essa alteração
na curvatura impede a projeção de imagens nítidas na retina e pode promover o
desenvolvimento de grau elevado de astigmatismo irregular, muitas vezes não
corrigido apenas com os óculos”, explica a especialista Susan Yano.


O ceratocone pode causar ainda visão embaçada, imagens “fantasmas”, visão
dupla, dor de cabeça, sensibilidade à luz e coceira. O diagnóstico pode ser feito
pelo exame clínico ou por meio de avaliações da córnea, como topografia
computadorizada (estudo da curvatura) e paquimetria (análise de sua
espessura), que permitem identificar a doença nas fases mais precoces,
ressaltando que ambos podem ser realizados simultaneamente.


O controle deve ser feito com exames específicos para avaliação de provável
progressão a cada quatro ou seis meses, dependendo da idade do paciente e
do estágio evolutivo do caso.


“O ceratocone pode levar à cegueira reversível, ou seja, o paciente pode ter uma
perda significativa da visão, mas pode recuperá-la com os tratamentos
atualmente disponíveis, com o uso de lentes de contato ou cirurgia e, em seu
último estágio, o transplante de córnea”, explica a médica oftalmologista, Susan
Yano.


As principais formas de reabilitação visual são com a prescrição de óculos e
adaptação de lentes de contato rígidas corneanas ou esclerais.
Release com informações da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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