Segundo dados do Ministério da Saúde cerca de 150 mil brasileiros são atingidos
pelo ceratocone que é uma doença genética, hereditária e de lenta progressão,
caracterizada pelo afinamento e projeção para frente de uma camada fina e
transparente do olho: a córnea.
O problema afeta mais, na maior parte dos casos, crianças e jovens de 10 a 25
anos de idade e também de acordo com a Associação Brasileira de Transplante
de Órgãos (ABTO), o ceratocone é uma das principais causas de transplantes
de córnea realizados no Brasil.
Para conscientizar a população, o mês de novembro, em especial, o dia 10 é
lembrado como o dia mundial do ceratocone. Segundo a médica oftalmologista,
Karine Andrade, o primeiro sinal da doença é a alteração da visão.
“A avaliação clínica e o histórico do paciente são analisadas pelo oftalmologista,
além de exames específicos para o diagnóstico. A presença de astigmatismo
alto e mudanças de grau aceleradas servem de alerta. Se não tratada
adequadamente, a doença, dependendo do caso, pode evoluir até precisar do
transplante.”, explica, a médica oftalmologista, Karine Andrade.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia enfatiza a importância da consulta
periódica com um médico, sobretudo se existirem casos de ceratocone na
família. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a progressão da
doença e preservar a acuidade visual.
“Quando o ceratocone está em fase inicial, apenas o uso de óculos pode ser
suficiente para a melhora da acuidade visual, mas, com a evolução da doença,
é preciso trocar os óculos por lentes de contato rígidas, pois ela está em contato
direto com a córnea e ajuda a corrigir o astigmatismo irregular. ”, finaliza, a
médica oftalmologista, Karine Andrade.